Sobre a definição de Arrhenius

Unindo a última enquete que publicamos e a exposição do professor Marcelo Herbst, do Departamento de Química da UFRRJ, sugerimos a reflexão sobre os processos de ionização/dissociação representados abaixo:

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  • As duas primeiras substâncias são bases de Arrhenius, porque ao reagirem com a água aumentam a concentração de hidroxila (OH).
  • As duas últimas são ácidos de Arrhenius, porque ao reagirem com a água aumentam a concentração de hidrônio (H3O+).
  • A partir desses exemplos colocamos em discussão a forma como ensinamos “funções inorgânicas” e definição de ácido de Arrhenius.
  • Normalmente, em nossas aulas, propomos divisões de grupos de compostos para depois dizer que óxidos e sais, podem ser ácidos e bases. Portanto seria melhor apresentar aos nossos alunos os ácidos e as bases de Arrhenius como um tópico e nomenclatura dos compostos inorgânicos, como outro. Deixando claro aos estudantes que existe diferença entre regras para nomear os compostos e  a reatividade dos mesmos com a água.  Evitando o obstáculo substancialista que normalmente observamos quando nossos alunos nos questionam sobre a presença do hidrogênio nos ácidos.

7 comentários em “Sobre a definição de Arrhenius

  1. Já que mentiram para nós esse tempo todo dizendo que era uma teoria, o que devemos fazer então? Falar sobre hidrólise logo nas series iniciais é inviável e confuso, pelo menos para os meus alunos.

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    1. Zanon, essa é nossa impressão.
      Porque ficou mais confortável e tradicional, costumamos muitas vezes dizer que é inviável, mas você já tentou?
      A professora Fabiane buscou práticas que deram resultados a ela satisfatórios descontruindo essa prática que há décadas repassamos de geração para geração de professores e o resultado não foi ruim nas suas pesquisas com os alunos.
      E o grupo falará mais para frente disso tudo e trará exemplos de metodologias e sugestões, sim, aguarde e acompanhe.
      Abs,
      Prof. Cristiana Passinato
      Equipe Discutindo o ensino de funções inorgânicas

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  2. Esse método, de certa forma inovador, de ensinar funções inorgânicas me parece muito mais interessante tanto para o docente quanto para o discente.
    Contudo, gostaria de saber o que fazer com a classificação tradicional das funções inorgânicas? Serviria apenas para a nomenclatura?

    Abraços.

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